São Paulo debate hidrogênio como ponte para exportações e descarbonização global
- h2contenthub
- 7 de nov.
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Com base em uma matriz energética renovável consolidada, o Brasil pode posicionar-se como exportador de hidrogênio de baixo carbono, mas precisa superar o foco excessivo no mercado interno e investir em produtos diferenciados para competir globalmente. A análise foi destaque no painel “Hidrogênio de Baixo Carbono e Cooperação Internacional”, realizado na última quarta-feira,(05/11), durante o Summit Agenda SP + Verde, no Parque Villa-Lobos. O debate foi mediado por João Cordeiro, diretor técnico de Energia do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo.

Rosana Teixeira, diretora executiva do Instituto E+ Transição Energética, alertou que o consumo doméstico não sustentará a economia do hidrogênio. “Precisamos de oferta internacional competitiva, com certificação de origem e baixa pegada de carbono”, defendeu. Ela reforçou a necessidade de uma transição energética justa, com metas de curto, médio e longo prazo.
Giovani Machado, fundador da consultoria Episteme, dimensionou o mercado global: US$ 100 bilhões atualmente, com projeção de US$ 1 trilhão até 2050, incluindo toda a cadeia de valor. “Só uma agenda de cooperação internacional ampla permitirá ao Brasil capturar essa oportunidade”, afirmou.
Empresas já atuam na redução de emissões. Guilherme Ricci, diretor de negócios da White Martins, detalhou o uso de biometano e captura de CO₂ para produção de hidrogênio mais limpo, com destinação geológica ou química do carbono capturado. Luiz Novais, diretor da UTIS, apresentou tecnologias patenteadas que visam o net zero em processos industriais.
Sobre o evento - Promovido pelo Governo do Estado, Prefeitura de São Paulo e USP como evento pré-COP, o Summit Agenda SP + Verde reuniu especialistas em cinco palcos temáticos, além de rodadas de negócios, área de inovação, Casa da Circularidade, espaço gastronômico e atrações culturais.



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