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Etanol de cana-de-açúcar se destaca na transição energética

No dia 05/11, durante o Summit Agenda SP+Verde, no Palco Justiça Climática, o painel “Etanol: Solução Pronta Para a Descarbonização do Setor de Transportes” posicionou o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar como tema central nas conversas sobre sustentabilidade e avanços inovadores. A discussão enfatizou os progressos do setor sucroenergético no Brasil, seus métodos de produção e a liderança do etanol no caminho para uma economia com baixas emissões de carbono.

O Summit Agenda SP+Verde foi um encontro internacional preparatório para a COP, organizado pelo Governo de São Paulo, Prefeitura de São Paulo e USP. Reuniu especialistas, líderes e representantes da sociedade para discutir desenvolvimento sustentável e economia verde.

André Valente,diretor sustentável da Raízen e Danilo Morais Veras da Moller Maersk participaram do painel
André Valente,diretor sustentável da Raízen e Danilo Morais Veras da Moller Maersk participaram do painel

O painel sobre Etanol contou com a participação de André Valente, Diretor de Sustentabilidade da Raízen, e Danilo de Morais Veras, Public Affairs LAM da A.P. Moller Maersk. Eles abordaram os obstáculos e as estratégias para expandir a adoção do etanol em diversos modais de transporte, com ênfase no marítimo. Os palestrantes enfatizaram que a descarbonização desse setor exige não só combustíveis limpos, mas também planejamento coordenado e infraestrutura integrada, incluindo investimentos em portos, dutos e logística — formando um ecossistema portuário verdadeiramente sustentável.

O modelo brasileiro de produção de etanol foi destacado como exemplo de sucesso. A união de inovação e tecnologia foi apresentada como essencial para uma transição energética eficiente e de baixo carbono.

André Valente ressaltou a relevância da produção sustentável e o apoio das políticas públicas para reforçar a matriz energética limpa. “O Brasil possui um modelo sólido de produção de etanol que integra produtividade, inovação e sustentabilidade. O próximo passo é estender essa solução a mais setores, posicionando o etanol como elemento estratégico na transição energética do país.”

Já Danilo de Morais Veras apontou o etanol em navios como uma perspectiva promissora para o transporte sustentável. “O etanol é uma solução já disponível e validada para descarbonizar o setor de transportes. Sua aplicação em várias modalidades, inclusive a marítima, está sendo avaliada e pode mostrar como tecnologia e inovação geram impactos ambientais relevantes e promovem o desenvolvimento sustentável. É fundamental priorizar o verde para que a economia de recursos não prevaleça sobre o compromisso com o meio ambiente.”

Alta Concentração de H2 - Além dos avanços destacados como a produção sustentável, a inovação tecnológica e a expansão para modais como o marítimo, o etanol de cana-de-açúcar revela outro potencial estratégico: sua alta concentração de hidrogênio (H₂). Por meio de processos de reforma ou extração eficiente, é possível gerar hidrogênio verde como combustível limpo e versátil, aplicável não apenas no transporte rodoviário, aéreo e naval, mas também em indústrias pesadas e geração de energia. Essa via reforça o etanol brasileiro como ponte dupla na descarbonização — tanto como biocombustível direto quanto como vetor para a economia do hidrogênio —, ampliando seu papel na transição energética global com uma solução integrada, escalável e de baixo carbono.

 

 
 
 

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